terça-feira, 18 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM - DARCI

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
 Justificativa: Uma Sequência Didática desafia o aluno a analisar e refletir sobre o sistema da linguagem escrita, visando ampliar ou transformar suas hipóteses iniciais, favorecendo assim o seu aprendizado de leitura e de escrita. O desenvolvimento da sequência didática a partir de um texto inclui uma série de ações indispensáveis ao propósito de ampliar os conhecimentos de leitor sobre o tema abordado. Nas atividades, além de os alunos precisarem colocar em jogo estratégias para compreender o que leem, também poderão apreciar o texto sob diferentes aspectos, onde terão a oportunidade de desenvolver seus comportamentos de leitores e de participar de diversas situações de leitura assumindo gradualmente, maior controle sobre a leitura e o registro das informações.
Objetivo: Interpretar textos de acordo com o tema e as características estruturais do gênero ao qual pertence. Inferir informações subjacentes aos conteúdos explicitados no texto. Realizar análise linguística, considerando sua importância na leitura e escrita do gênero. Reconhecer os vários tipos de coesão que permitem a progressão discursiva do texto.
Público-alvo: 8ª série - 9º Ano
Tempo: 8 a 10 aulas
TEXTO:   PAUSA   -   MOACYR SCLIAR
1. ANTES DA LEITURA



ESTRATÉGIAS DE LEITURA

- Antecipação, levantamento de hipóteses e inferências.



HABILIDADES

- Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto;

- Expectativas em função do suporte e da capa.



ATIVIDADES

a. Ao observar a capa do portador do qual foi extraído o conto PAUSA, levante hipóteses/sugestões sobre a mesma.

b. O que o título do texto sugere?
c. Qual o significado da palavra PAUSA para você?
d. Você já ouviu falar sobre o autor da obra? Comente.

2. DURANTE A LEITURA
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
- O texto será dividido em quatro partes e a leitura será feita pausadamente e em voz alta pelo professor.
HABILIDADES
- Construção do sentido global do texto;
- Localização ou construção do tema;
- Identificação do leitor virtual a partir das pistas linguísticas;
- Busca de informações complementares em textos de apoio subordinados ao texto principal ou por meio de consulta a enciclopédias, internet e outras fontes;
- Esclarecimentos de palavras desconhecidas a partir de inferências ou de consulta a dicionário;
- Identificar referências a outros textos, buscando informações adicionais se necessário;
- Identificar os tipos de discurso presentes no texto.

PRIMEIRA PARTE DO TEXTO
 
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
— Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
— Por que não vens almoçar?
— Já te disse; muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o chapéu:
— Volto de noite.
ATIVIDADES
a. Após a leitura do 1º e do 2º parágrafos, o que você pode inferir sobre o tema do texto?
b. O que você entende sobre a expressão “Vais sair de novo”? Ela é comum nos dias atuais?
c. Podemos afirmar que os nove primeiros parágrafos fazem parte da introdução do conto. Justifique.
d. Que tipo de discurso predomina na 1ª parte do texto?
e. Qual é o foco narrativo?
f. Como você entende a expressão “máscara escura”?
g. O que é plágio? Você sabia que o autor do livro que inspirou o filme “As Aventuras de Pi” está sendo acusado de plagiar o livro de Moacyr Scliar “Max e os Felinos”?


 SEGUNDA PARTE DO TEXTO


As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Como pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.
Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com pressa, seu Raul - atalhou Samuel.
- Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem! - uma gritou, e riu; um cacarejo curto.                                              
 ATIVIDADES

 a. Além do discurso direto, há também o indireto. Localize um exemplo no texto.
b. O que você acha que a personagem principal foi fazer no hotel? Justifique.
c. A que classe social pertence o protagonista do texto? Justifique com palavras do texto.
d. “- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...”, o que sugere o emprego das reticências nessa frase?
TERCEIRA PARTE DO TEXTO

Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados; índio acabara de trespassá-lo com a lança Esvaindo-se em sangue, molhado de suor. Samuel tombou lentamente: ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
 
ATIVIDADES
 a. Em qual tempo verbal estão empregados os verbos: “fechou”, “examinou”, “filtrou-se”, “sentiu”?
b. Explique o sonho de Samuel?
c. Qual a relação do sonho de Samuel com o título do texto?

QUARTA PARTE DO TEXTO

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
- Já vai, seu Isidoro?
 - Já - disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até domingo que vem seu Isidoro - disse o gerente.
- Não sei se virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; anoite caía.
- O senhor diz isto, mas volta sempre - observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante,  ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.

ATIVIDADES
 a. Quanto tempo parece ter durado a narrativa do conto? Justifique.
b. Como podemos interpretar a rotina do personagem principal aos domingos?
c. Quem é Isidoro?
d. Na frase: “Vestiu-se rapidamente e saiu.”, a qual classe gramatical pertence a palavra destacada?
e. “- O senhor diz isto, mas volta sempre”, por que a necessidade dessas idas ao hotel às escondidas da mulher?

3. DEPOIS DA LEITURA
 HABILIDADES
 - Construção da síntese semântica do texto;
- Utilização, em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão;
- Avaliação crítica do texto
ATIVIDADES
a. Suas hipóteses com relação ao tema do texto foram confirmadas?
b. A qual gênero textual pertence o texto lido? Apresente três características que justifiquem sua resposta.
c. O que é intertextualidade? Você consegue perceber a intertextualidade entre o vídeo “circuito fechado” e o texto “Pausa”? Comente.

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo.  Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

d. No trecho: “Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado...”. O que significa a expressão destacada?
e. Que relação existe entre a “máscara” da capa do livro com a “máscara” social do conto lido?
f. Você percebe a intertextualidade entre a música “Cotidiano” e o texto lido? Você acha que é necessário quebrar a rotina para se ter uma vida mais saudável? Justifique.
 g. Apresentação do filme Click. Que efeito tem as pausas no filme? Você gostaria de ter um controle universal para controlar todos ao seu redor? Justifique sua resposta.


PRODUÇÃO TEXTUAL
- A partir do vídeo “Circuito Fechado” redija um conto em 1ª ou 3ª pessoa.

 Referência Bibliográfica
- www.google.com.br -  imagens
- https://www.youtube.com/ - vídeos
- Currículo do Estado de São Paulo
- Caderno do professor - 9º ano
- RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna 1994.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem



Esta Situação de Aprendizagem é direcionada para alunos do 6º ano.
ORALIDADE
Partindo do título Pausa, do conto de Moacyr Scliar podemos questionar os alunos: o que tal título sugere? O que se espera de um texto com esse título?
Após essa conversa, alguns questionamentos poderiam ser feitos para nortear o raciocínio dos estudantes: o que nos faz fugir da nossa realidade? Os problemas? A rotina? As obrigações?
LEITURA
A leitura será realizada pelo professor para que ele possa instigar os alunos a pensarem sobre o que vai acontecer na sequência dos fatos. Depois desse momento, inicia-se a discussão sobre a história, porém com a orientação do professor.
1-    A que horas o despertador tocou no início da história? E no final?
2-    O texto começa com quais ações de Samuel?
3-    Como parece ser a mulher de Samuel? Com quais partes do texto podemos provar isso?
4-    Há palavras que revelam que a cidade onde vive a personagem Samuel é litorânea. Quais são elas?
5-    Samuel saiu de casa falando para a mulher que ia para o escritório, mas, na realidade, ele foi para outro lugar. Como era esse lugar?
6-    Quem Samuel encontrou nesse lugar?
7-    O que Samuel fez no hotel?
8-    Por que a personagem principal usou outro nome para se identificar?
9-    Quando Samuel sai do hotel, ele está com pressa para chegar em casa?
PRODUÇÃO
Após a discussão sobre o tema e a leitura do texto, o aluno faria a ilustração do lugar onde ele gostaria de ir para “fugir” de algum possível problema.
Para finalizar a sequência, uma produção textual com a tipologia narrar para que o aluno pudesse criar a própria história.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

PERFIL - DÉBORA

DÉBORA RODRIGUES DE MATOS PORTO (Cursista)
                                                                                Promissão-SP


 Nasci em 11 de dezembro de 1972.Sou uma pessoa calma,compreensiva,mas,muito preocupada.Gosto de ajudar o próximo.Adoro minha profissão. Livro: A menina que roubava livros. Passatempo: Fazer crochê e ler. Bem-vindo ao programa!Pode me procurar sempre que for preciso.


DEPOIMENTO

Minha experiência com a literatura começou por volta dos meus 7 anos, quando iniciei meus primeiros passos na escola, pois admirava as  imagens dos livros de contos de fadas que  minha professora levava para apreciarmos em sala de aula. Dessa maneira, já na infância, desbravando as primeiras letras, deparei-me com o livro "O soldadinho de chumbo", imagina-me como um personagem da história naquela narrativa que fazia minha imaginação correr solta. Foi assim que comecei a ter gosto pela literatura e sendo tal experiência muito positiva decidi que iria ser professora de português, e com isso iniciei a faculdade de letras, na qual  descobri os grandes nomes da literatura universal e me apaixonei por Clarice Lispector ao ler suas linhas introspectivas em "A paixão segundo G.H." daí a ler Fernando Pessoa e suas poesias foi algo que me fez enxergar o verdadeiro mundo da leitura por prazer, e hoje, em sala de aula, vejo o quanto minha relação com os livros foi e continua sendo importante, pois tento passar para os meus alunos o mesmo sentimento de  alegria ao iniciar a leitura de um livro fazendo com que percebam o quanto mergulhar nesse universo pode ser prazeroso e servir de alimento para a alma, parafraseando Antonio Cândido.



PERFIL - CONCEIÇÃO

CONCEIÇÃO APARECIDA BAZOTTE BORGES (Cursista)
                                                                                   Marília-SP


     Sou professora há 20 anos. Atualmente participo do Projeto Sala de Leitura em Jafa/SP. Gosto muito de ler. Sou casada e tenho uma filha cursando a faculdade de Direito.  

DEPOIMENTO

     A minha experiência com a leitura começou no ginásio. Antigamente a alfabetização era feita por meio de cartilhas "Caminho Suave" e na escola não tínhamos acesso à livros, pois não haviam bibliotecas, além disso, meus pais não tinham condições para comprar livros, pois somente compravam o material necessário que naquela época era caderno, lápis, borracha e o livro didático.
    No ginásio passamos a ter acesso à biblioteca e passei a me interessar pelo gosto da leitura.

PERFIL - DARCI

 Darci Barbosa Laranjeira (cursista)
                                            Lins - SP

     
      Sou professora na rede pública há mais de 24 anos. Adoro o que faço. Gosto de bons livros, escrever, assistir a bons filmes e conviver com pessoas bem humoradas. Não gosto de pessoas falsas e hipócritas.
       Desde de criança sonhei ser professora, pois tinha uma grande admiração por elas.





DEPOIMENTO

Vivi infância e adolescência numa fazenda. Meus pais trabalhavam muito e diariamente eles me indicavam uma tarefa a ser realizada.  Quando sobrava um tempinho ouvia rádio ou histórias que minha mãe contava. Não tinha livros em casa.  Já adulta, experimentei escrever algumas poesias. Parei em razão do trabalho na escola, dos afazeres domésticos e das viagens em visitas aos filhos que residem em cidades diferentes e distantes.  Uma dessas poesias retrata o momento vivido, na mesma fazenda, onde esperava pela irmã que voltava de uma viagem. No regresso o carro dela quebrou e sem os recursos do celular, ficamos sem comunicação. Minha irmã só chegou muito tempo depois do combinado. De onde eu estava podia avistar a Rodovia Assis Chateubriand e nela os carros que passavam, foi quando, naquela agonia, escrevi:

ANSIEDADE
Passa um carro branco  
Passa um vermelho          
Um azul.                                                                                                                                 
Passa um carro da cor do desespero  
Da cor da espera  
Da cor da solidão.

Passam-se as horas...
Só não passa essa dor do meu coração


PERFIL - DANIELA

DANIELA NAKAMURA MERENDA (Cursista)
                                                                  Promissão-SP




  Sou da cidade de Promissão, nasci, estudei, casei, tive meus dois filhos, me efetivei na escola em que estudei. Sou professora da rede estadual há quase 20 vinte anos, efetiva há 13 no cargo de Inglês e de Português. Gosto muito de lecionar, eu falo que sala de aula é muito dinâmica, cada dia, cada classe, cada aula é sempre única. Trabalhar diretamente com pessoas é muito bom para quem gosta de conversar, ouvir, trocar ideias... . Nós ensinamos e aprendemos a todo momento. Estou ansiosa com o curso, espero realizá-lo com muito sucesso.

DEPOIMENTO

Quando tinha uns cinco anos, eu ainda não sabia ler e havia ganhado uma coleção de conto de fadas com livros de capa dura bem ilustrado, um luxo. Eu ficava folheando aqueles livros imaginando (inventando) as histórias de acordo com as imagens. Um dia, minha babá leu os livros pra mim, fiquei maravilhada! Então comecei a contar as histórias para meus irmãos como se eu estivesse lendo, eles adoravam... Outro livro que marcou minha infância foi "O cão e a raposa" do Walt Disney, esse eu já lia e adorava reler.
 Depois me lembro da "A bolsa amarela" da Lígia Bojunga Nunes, as aventuras e frustrações da garota Rachel que queria ser escritora mas ninguém se importava com o que ela pensava. Lá pelos meus doze anos fui presenteada com "O menino do dedo verde" de Maurice Druon, olhei aquele livro grosso e não me interessei, mas quando comecei a lê-lo foi mágico, me apaixonei. Ele é um livro atemporal que pode ser lido em qualquer idade, já vou apresentá-lo aos meus filhos. Espero que eles gostem como eu gostei.
 Lembro-me também de um livro "O sapato que sabia andar" que a profª havia pedido para prova, apesar de ser infantil ele faz uma alusão à política, fui muito mal na prova eu e toda a classe.
 Entrei em contato com os clássicos da literatura na escola. Fui me apaixonar por eles só na faculdade.
 Hoje eu vejo a importância que é indicar livros aos alunos, estou sempre com livros no meio do meu material escolar e sempre indico a meus alunos. Se eu conseguir despertar o interesse em 10% deles  já fico feliz.
 Martha Medeiros é minha favorita no momento e recomendo àqueles que gostam de uma leitura simples mas com grande requinte de reflexão pessoal e social.


APRESENTAÇÃO

  

       Este blog foi criado por professores que estão participando da primeira edição do curso Melhor gestão, melhor ensino. O curso é realizado a distância pela Escola de formação e aperfeiçoamento de professores da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
      A nossa intenção é criar um ambiente que permita a leitura e a produção escrita por todos.


                                        " Se acaso me houvesse alertado o interesse,
                                                 que me despertasse a inteligência,
                                       se antes de cada matéria tivesse um prefácio estimulante,
                                            me oferecesse fantasia em lugar de fatos,
                                        me divertisse e me intrigasse com o malabarismo dos
                                                                      números,
                                                            romantizasse mapas,
                                          me desse um ponto de vista a respeito da história
                                                   e me ensinasse a música da poesia,
                                                     talvez eu tivesse sido um erudito."

                                                                                                                 (Charles Chaplin)