DE LEITOR PARA ESCRITOR
sábado, 22 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM - DARCI
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Justificativa:
Uma Sequência Didática desafia o aluno a analisar e refletir sobre o sistema da
linguagem escrita, visando ampliar ou transformar suas hipóteses iniciais,
favorecendo assim o seu aprendizado de leitura e de escrita. O desenvolvimento
da sequência didática a partir de um texto inclui uma série de ações
indispensáveis ao propósito de ampliar os conhecimentos de leitor sobre o tema
abordado. Nas atividades, além de os alunos precisarem colocar em jogo
estratégias para compreender o que leem, também poderão apreciar o texto sob
diferentes aspectos, onde terão a oportunidade de desenvolver seus
comportamentos de leitores e de participar de diversas situações de leitura
assumindo gradualmente, maior controle sobre a leitura e o registro das
informações.
Objetivo:
Interpretar textos de acordo com o tema e as características estruturais do
gênero ao qual pertence. Inferir informações subjacentes aos conteúdos
explicitados no texto. Realizar análise linguística, considerando sua
importância na leitura e escrita do gênero. Reconhecer os vários
tipos de coesão que permitem a progressão discursiva do texto.
Público-alvo:
8ª série - 9º Ano
Tempo: 8 a 10 aulas
TEXTO: PAUSA - MOACYR SCLIAR
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
- Antecipação, levantamento de hipóteses e inferências.
HABILIDADES
- Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto;
- Expectativas em função do suporte e da capa.
ATIVIDADES
a. Ao observar a capa do portador do qual foi extraído o
conto PAUSA, levante hipóteses/sugestões sobre a mesma.
b. O que o título do texto sugere?
c. Qual o significado da palavra PAUSA para você?
d. Você já ouviu falar sobre o autor da obra? Comente.
SEGUNDA PARTE DO TEXTO
QUARTA PARTE DO TEXTO
Chinelos, vaso, descarga. Pia,
sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel,
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme
para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata,
paletó carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de
cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule,
talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona,
cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de
notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas,
quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo.
Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,
bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras,
esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor
de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel.
Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres,
garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de
dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel,
cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e
papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone,
caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo,
papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata.
Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos.
Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor,
poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras,
camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia,
água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
d. No trecho: “Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado...”. O que significa a expressão destacada?
2. DURANTE A LEITURA
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
- O texto será dividido em quatro partes e a leitura será
feita pausadamente e em voz alta pelo professor.
HABILIDADES
- Construção do sentido global do texto;
- Localização ou construção do tema;
- Identificação do leitor virtual a partir das pistas
linguísticas;
- Busca de informações complementares em textos de apoio
subordinados ao texto principal ou por meio de consulta a enciclopédias,
internet e outras fontes;
- Esclarecimentos de palavras desconhecidas a partir de
inferências ou de consulta a dicionário;
- Identificar referências a outros textos, buscando
informações adicionais se necessário;
- Identificar os tipos de discurso presentes no texto.
PRIMEIRA PARTE DO TEXTO
Às sete horas o
despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a
barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha,
preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
— Vais sair de
novo, Samuel?
Fez que sim com a
cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram
espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra
azulada. O conjunto era uma máscara escura.
— Todos os
domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito
trabalho no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os
sanduíches:
— Por que não
vens almoçar?
— Já te disse;
muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a
axila esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o chapéu:
— Volto de noite.
ATIVIDADES
a. Após a leitura do 1º e do 2º parágrafos, o que você pode
inferir sobre o tema do texto?
b. O que você entende sobre a expressão “Vais sair de novo”?
Ela é comum nos dias atuais?
c. Podemos afirmar que os nove primeiros parágrafos fazem
parte da introdução do conto. Justifique.
d. Que tipo de discurso predomina na 1ª parte do texto?
e. Qual é o foco narrativo?
f. Como você entende a expressão “máscara escura”?
g. O que é plágio? Você sabia que o autor do livro que
inspirou o filme “As Aventuras de Pi” está sendo acusado de plagiar o livro de
Moacyr Scliar “Max e os Felinos”?
SEGUNDA PARTE DO TEXTO
As ruas ainda
estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava
vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças
atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Como pacote de
sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras.
Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.
Olhou para os
lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão,
acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o
gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
- Ah! seu
Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com
pressa, seu Raul - atalhou Samuel.
- Está bem, não
vou atrapalhar. O de sempre. - Estendeu a chave.
Samuel subiu
quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas
mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem!
- uma gritou, e riu; um cacarejo curto.
ATIVIDADES
a. Além do discurso direto, há também o indireto. Localize
um exemplo no texto.
b. O que você acha que a personagem principal foi fazer no
hotel? Justifique.
c. A que classe social pertence o protagonista do texto?
Justifique com palavras do texto.
d. “- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom
este, não é? A gente...”, o que sugere o emprego das reticências nessa frase?
TERCEIRA PARTE DO TEXTO
Ofegante, Samuel
entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma
cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia
d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do
bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de
cabeceira.
Puxou a colcha e
examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e
os sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama,
comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho,
deitou-se e fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia.
Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os
jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol
filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia;
sonhava. Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio
montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa,
nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e
resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas.
Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados; índio acabara de trespassá-lo com
a lança Esvaindo-se em sangue, molhado de suor. Samuel tombou lentamente:
ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
ATIVIDADES
a. Em qual tempo verbal estão empregados os verbos:
“fechou”, “examinou”, “filtrou-se”, “sentiu”?
b. Explique o sonho de Samuel?
c. Qual a relação do sonho de Samuel com o título do texto?
QUARTA PARTE DO TEXTO
Às sete horas o
despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se.
Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma
revista.
- Já vai, seu
Isidoro?
- Já - disse Samuel, entregando a chave.
Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até domingo que
vem seu Isidoro - disse o gerente.
- Não sei se
virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; anoite caía.
- O senhor diz
isto, mas volta sempre - observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo do cais,
guiava lentamente. Parou um instante,
ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado.
Depois, seguiu. Para casa.
|
ATIVIDADES
a. Quanto tempo parece ter durado a narrativa do conto?
Justifique.
b. Como podemos interpretar a rotina do personagem principal
aos domingos?
c. Quem é Isidoro?
d. Na frase: “Vestiu-se rapidamente e saiu.”, a qual classe
gramatical pertence a palavra destacada?
e. “- O senhor diz isto, mas volta sempre”, por que a
necessidade dessas idas ao hotel às escondidas da mulher?
3. DEPOIS DA LEITURA
HABILIDADES
- Construção da síntese semântica do texto;
- Utilização, em função da finalidade da leitura, do
registro escrito para melhor compreensão;
- Avaliação crítica do texto
ATIVIDADES
a. Suas hipóteses com relação ao tema do texto foram
confirmadas?
b. A qual gênero textual pertence o texto lido? Apresente
três características que justifiquem sua resposta.
c. O que é intertextualidade? Você consegue perceber a intertextualidade entre o vídeo “circuito fechado” e o texto “Pausa”? Comente.
c. O que é intertextualidade? Você consegue perceber a intertextualidade entre o vídeo “circuito fechado” e o texto “Pausa”? Comente.
d. No trecho: “Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado...”. O que significa a expressão destacada?
e. Que relação existe entre a “máscara” da capa do livro com
a “máscara” social do conto lido?
f. Você percebe a intertextualidade entre a música
“Cotidiano” e o texto lido? Você acha que é necessário quebrar a rotina para se
ter uma vida mais saudável? Justifique.
g. Apresentação do filme Click. Que efeito tem as
pausas no filme? Você gostaria de ter um controle universal para
controlar todos ao seu redor? Justifique sua resposta.
- https://www.youtube.com/ - vídeos
- Currículo do Estado de São Paulo
- Caderno do professor - 9º ano
PRODUÇÃO TEXTUAL
- A partir do vídeo “Circuito Fechado” redija um conto em 1ª
ou 3ª pessoa.
Referência Bibliográfica
- www.google.com.br - imagensReferência Bibliográfica
- https://www.youtube.com/ - vídeos
- Currículo do Estado de São Paulo
- Caderno do professor - 9º ano
- RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. In: LADEIRA, Julieta de
Godoy (org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna 1994.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Situação de Aprendizagem
Esta Situação de Aprendizagem é direcionada para alunos do 6º ano.
ORALIDADE
Partindo do título Pausa, do conto de Moacyr Scliar podemos questionar os alunos: o que tal título sugere? O que se espera de um texto com esse título?
Após essa conversa, alguns questionamentos poderiam ser feitos para nortear o raciocínio dos estudantes: o que nos faz fugir da nossa realidade? Os problemas? A rotina? As obrigações?
LEITURA
A leitura será realizada pelo professor para que ele possa instigar os alunos a pensarem sobre o que vai acontecer na sequência dos fatos. Depois desse momento, inicia-se a discussão sobre a história, porém com a orientação do professor.
1- A que horas o despertador tocou no início da história? E no final?
2- O texto começa com quais ações de Samuel?
3- Como parece ser a mulher de Samuel? Com quais partes do texto podemos provar isso?
4- Há palavras que revelam que a cidade onde vive a personagem Samuel é litorânea. Quais são elas?
5- Samuel saiu de casa falando para a mulher que ia para o escritório, mas, na realidade, ele foi para outro lugar. Como era esse lugar?
6- Quem Samuel encontrou nesse lugar?
7- O que Samuel fez no hotel?
8- Por que a personagem principal usou outro nome para se identificar?
9- Quando Samuel sai do hotel, ele está com pressa para chegar em casa?
PRODUÇÃO
Após a discussão sobre o tema e a leitura do texto, o aluno faria a ilustração do lugar onde ele gostaria de ir para “fugir” de algum possível problema.
Para finalizar a sequência, uma produção textual com a tipologia narrar para que o aluno pudesse criar a própria história.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
PERFIL - DÉBORA
DÉBORA RODRIGUES DE MATOS PORTO (Cursista)
Promissão-SP
Nasci em 11 de
dezembro de 1972.Sou uma pessoa calma,compreensiva,mas,muito preocupada.Gosto
de ajudar o próximo.Adoro minha profissão. Livro: A menina que roubava livros. Passatempo: Fazer crochê e ler. Bem-vindo ao programa!Pode me procurar sempre que for
preciso.
DEPOIMENTO
Minha experiência com a literatura começou por volta dos
meus 7 anos, quando iniciei meus primeiros passos na escola, pois admirava
as imagens dos livros de contos de fadas
que minha professora levava para
apreciarmos em sala de aula. Dessa maneira, já na infância, desbravando as
primeiras letras, deparei-me com o livro "O soldadinho de chumbo",
imagina-me como um personagem da história naquela narrativa que fazia minha
imaginação correr solta. Foi assim que comecei a ter gosto pela literatura e
sendo tal experiência muito positiva decidi que iria ser professora de
português, e com isso iniciei a faculdade de letras, na qual descobri os grandes nomes da literatura
universal e me apaixonei por Clarice Lispector ao ler suas linhas
introspectivas em "A paixão segundo G.H." daí a ler Fernando Pessoa e
suas poesias foi algo que me fez enxergar o verdadeiro mundo da leitura por
prazer, e hoje, em sala de aula, vejo o quanto minha relação com os livros foi
e continua sendo importante, pois tento passar para os meus alunos o mesmo
sentimento de alegria ao iniciar a
leitura de um livro fazendo com que percebam o quanto mergulhar nesse universo
pode ser prazeroso e servir de alimento para a alma, parafraseando Antonio
Cândido.
PERFIL - CONCEIÇÃO
CONCEIÇÃO APARECIDA BAZOTTE BORGES (Cursista)
Marília-SP
Sou professora há 20 anos. Atualmente participo do Projeto
Sala de Leitura em Jafa/SP. Gosto muito de ler. Sou casada e tenho uma filha
cursando a faculdade de Direito.
DEPOIMENTO
A minha experiência
com a leitura começou no ginásio. Antigamente a alfabetização era feita por
meio de cartilhas "Caminho Suave" e na escola não tínhamos acesso à
livros, pois não haviam bibliotecas, além disso, meus pais não tinham condições
para comprar livros, pois somente compravam o material necessário que naquela
época era caderno, lápis, borracha e o livro didático.
PERFIL - DARCI
Darci Barbosa Laranjeira (cursista)
Lins - SPSou professora na rede pública há mais de 24 anos. Adoro o que faço. Gosto de bons livros, escrever, assistir a bons filmes e conviver com pessoas bem humoradas. Não gosto de pessoas falsas e hipócritas.
Desde de criança sonhei ser professora, pois tinha uma grande admiração por elas.
DEPOIMENTO
Vivi infância e adolescência numa fazenda. Meus pais
trabalhavam muito e diariamente eles me indicavam uma tarefa a ser
realizada. Quando sobrava um tempinho
ouvia rádio ou histórias que minha mãe contava. Não tinha livros em casa. Já adulta, experimentei escrever algumas
poesias. Parei em razão do trabalho na escola, dos afazeres domésticos e das
viagens em visitas aos filhos que residem em cidades diferentes e
distantes. Uma dessas poesias retrata o
momento vivido, na mesma fazenda, onde esperava pela irmã que voltava de uma
viagem. No regresso o carro dela quebrou e sem os recursos do celular, ficamos
sem comunicação. Minha irmã só chegou muito tempo depois do combinado. De onde
eu estava podia avistar a Rodovia Assis Chateubriand e nela os carros que
passavam, foi quando, naquela agonia, escrevi:
ANSIEDADE
Passa um carro branco
Passa um vermelho
Um azul.
Passa um carro da cor do desespero
Da cor da espera
Da cor da solidão.
Passam-se as horas...
PERFIL - DANIELA
DANIELA NAKAMURA MERENDA (Cursista)
Promissão-SP
Sou da cidade de Promissão, nasci, estudei, casei, tive meus
dois filhos, me efetivei na escola em que estudei. Sou professora da rede
estadual há quase 20 vinte anos, efetiva há 13 no cargo de Inglês e de Português.
Gosto muito de lecionar, eu falo que sala de aula é muito dinâmica, cada dia,
cada classe, cada aula é sempre única. Trabalhar diretamente com pessoas é
muito bom para quem gosta de conversar, ouvir, trocar ideias... . Nós ensinamos
e aprendemos a todo momento. Estou ansiosa com o curso, espero realizá-lo com
muito sucesso.
DEPOIMENTO
Quando tinha uns cinco anos, eu ainda não sabia ler e havia ganhado uma coleção de conto de fadas com livros de capa dura bem ilustrado, um luxo. Eu ficava folheando aqueles livros imaginando (inventando) as histórias de acordo com as imagens. Um dia, minha babá leu os livros pra mim, fiquei maravilhada! Então comecei a contar as histórias para meus irmãos como se eu estivesse lendo, eles adoravam... Outro livro que marcou minha infância foi "O cão e a raposa" do Walt Disney, esse eu já lia e adorava reler.
Depois me lembro da
"A bolsa amarela" da Lígia Bojunga Nunes, as aventuras e frustrações
da garota Rachel que queria ser escritora mas ninguém se importava com o que
ela pensava. Lá pelos meus doze anos fui presenteada com "O menino do dedo
verde" de Maurice Druon, olhei aquele livro grosso e não me interessei,
mas quando comecei a lê-lo foi mágico, me apaixonei. Ele é um livro atemporal
que pode ser lido em qualquer idade, já vou apresentá-lo aos meus filhos.
Espero que eles gostem como eu gostei.
Lembro-me também de
um livro "O sapato que sabia andar" que a profª havia pedido para
prova, apesar de ser infantil ele faz uma alusão à política, fui muito mal na
prova eu e toda a classe.
Entrei em contato com
os clássicos da literatura na escola. Fui me apaixonar por eles só na
faculdade.
Hoje eu vejo a
importância que é indicar livros aos alunos, estou sempre com livros no meio do
meu material escolar e sempre indico a meus alunos. Se eu conseguir despertar o
interesse em 10% deles já fico feliz.
Martha Medeiros é
minha favorita no momento e recomendo àqueles que gostam de uma leitura simples
mas com grande requinte de reflexão pessoal e social.APRESENTAÇÃO
Este
blog foi criado por professores que estão participando da primeira edição do
curso Melhor gestão, melhor ensino. O curso é realizado a distância pela Escola
de formação e aperfeiçoamento de professores da Secretaria de Educação do
Estado de São Paulo.
A nossa
intenção é criar um ambiente que permita a leitura e a produção escrita por
todos.
" Se acaso me houvesse alertado o interesse,
que me despertasse a inteligência,
se antes de cada matéria tivesse um prefácio estimulante,
me oferecesse fantasia em lugar de fatos,
me divertisse e me intrigasse com o malabarismo dos
números,
romantizasse mapas,
me desse um ponto de vista a respeito da história
e me ensinasse a música da poesia,
talvez eu tivesse sido um erudito."
(Charles Chaplin)
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